"O destino trágico" de um pianista italiano: do Costa Concordia a Tunes
A tragédia parece perseguir o italiano Antonello Tonna. Pianista, tocava a bordo do Costa Concordia quando este naufragou ao largo da ilha de Giglio, em Itália, em 2012, deixando 32 mortos. E na quarta-feira estava em Tunes, na Tunísia, quando terroristas atacaram o Museu do Bardo, matando 20 turistas, entre os quais quatro italianos. Tonna animava as noites a bordo do Costa Fascinosa, que nesse dia estava atracado na capital tunisina.
"O meu destino é trágico: os jornalistas telefonam-me por causa dos dramas que testemunho", declarou o pianista à Rai News. Tonna não estava no interior do museu na altura do ataque. "Estava numa pequena aldeia próxima de Tunes, quando recebi uma mensagem da minha mulher no telemóvel a avisar-me do atentado e a perguntar--me como estava", contou, adiantando que, em seguida, se dirigiu para o navio e foi seguindo os acontecimentos pela televisão italiana. "Sabíamos que três autocarros com passageiros do cruzeiro estavam no local do ataque."